Palavra do Bispo Titulo Palavra do Bispo
Vantagens de crer
Bispo Dom Pedro Cipollini
26/06/2025 | 08:27
Compartilhar notícia
Gilmar
Gilmar Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Diante das pesquisas recentemente publicadas sobre o censo de 2022, a respeito das religiões no Brasil, fiquei contente. Entre 56% que se declaram católicos e 26% que se declaram evangélicos, somando 83,6% da população brasileira, todos acreditam em Deus e em Jesus Cristo seu Filho, Salvador da Humanidade, sendo que as demais denominações, mesmo não estando dentro deste âmbito cristão, não estão longe de algum princípio cristão, quais sejam o empenho pela justiça, paz e misericórdia. E quanto aos que se declaram ateus, com todo respeito, pela minha experiência como padre, a maioria parece dizer: “Sou ateu graças a Deus”.

Com essa elevada porcentagem de cristãos, entre os brasileiros, sobressai a fé como valor a ser preservado, a espiritualidade que dela decorre como uma necessidade das pessoas. A espiritualidade brota da fé, da relação que a pessoa tem com uma dimensão transcendente e sagrada da vida. Além da dimensão física e material, que nós conhecemos, envolvendo a noção de Deus. Para a maioria dos brasileiros que se declaram cristãos, este Deus é o que se manifestou em Jesus Cristo. E aqui ressalto o valor da fé bíblica.

Os médicos, assim como outros cientistas, têm tido uma abertura para assuntos relacionados à espiritualidade que brota da fé. Vários congressos médicos, das diversas áreas, já abordaram este tema. Há um reconhecimento do impacto positivo da prática religiosa na saúde física e mental do praticante. Os profissionais da saúde já reconhecem, hoje, que a espiritualidade é algo importante e deve ser integrada de modo ético na prática clínica, em vista da cura. 

De fato, o paciente não é somente corpo, mas tem toda sua parte psicológica, seu espírito, ou seja, se deve, em um tratamento de saúde, levar em conta a pessoa toda; considerando os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais do paciente. Não se trata um pedaço do corpo doente de uma pessoa, mas uma pessoa que tem uma doença. 

Li, com agradável surpresa, que um estudo feito pela Universidade de Harvard acompanhou noventa mil pessoas por quatorze anos. E o que se percebeu foi que o número de mortes por suicídio é seis vezes menor entre pessoas que frequentam um grupo religioso (www.revistavidaesaude.com.br). É reconhecido que frequentar a missa ou culto semanalmente, realizar trabalhos voluntários e praticar a oração, meditação e leitura bíblica-espiritual são ações que têm impacto positivo na saúde mental. Enfim, para as pessoas que creem, há menos ansiedade e melhor qualidade de vida com resiliência e esperança, para atravessar momentos difíceis da vida. 

Em meio a esta mudança de época que vivemos, com inúmeros transtornos que aceleram a vida no dia a dia, fazendo-nos perder contato com nosso centro, o fato de pertencer a um grupo de fé, cultivar hábitos saudáveis, permitem uma vida melhor. As vantagens de acreditar são inúmeras. Quem tem fé ora e, durante a oração são ativados locais que tem relação com a parte da imunidade da pessoa.

Diante da doença é comum verem os membros de uma família e os amigos fazerem orações, pedir que se reze pela pessoa. Os resultados são sempre positivos. Mesmo que a doença não tenha a cura esperada, a fé conforta e dá forças para a família. Sabemos que Deus sabe todas as coisas e também o que é melhor para cada um em cada momento.

Indico o livro É melhor acreditar, do Dr. Kenneth Cooper, cardiologista famoso, no qual comprova os efeitos da fé na saúde, na forma física, no bem-estar e na felicidade pessoal. E isto já na última década do século passado. Hoje, com suas teorias comprovadas, mostra que ele foi um pioneiro em afirmar que é melhor acreditar, ter fé, além de cuidar bem da saúde física.

Acreditar em Deus faz bem, rezar faz bem, ter fé ajuda, pois a fé mostra que Deus é Pai e está sempre conosco e que, para Ele, nada é impossível.

Dom Pedro Carlos Cipollini é bispo diocesano de Santo André.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;