Com 12 candidatos à presidência, partido entra na reta final do PED com nomes favoritos nas sete cidades do Grande ABC, no Estado e País
Com o olhar voltado para 2026, o PT realizará no domingo (6) o PED (Processo de Eleições Diretas), que definirá os novos presidentes dos dire-tórios municipais, estaduais e nacional. No Grande ABC, as cúpulas petistas das sete cidades já entram na reta final, com 12 candidatos buscando assumir os comandos locais da legenda. Entre os correligionários, as vitórias do deputado federal Kiko Celeguim, postulante à reeleição na presidência estadual, e do ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, na chefia da sigla no âmbito federal, já são dadas como certas.
As eleições internas do PT ocorrem em meio a um cenário preocupante ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após seguidas derrotas no Congresso Nacional, evidenciando uma base aliada fragilizada em Brasília, e à baixa popularidade. Desse modo, os novos dirigentes petistas veem, a partir do PED, o início de um trabalho de construção, visando frear uma possível ascensão da direita, da eleição presidencial às composições da Câmara Federal e Senado, a partir de outubro do próximo ano.
Com histórico de cinco governos em Santo André, sob gestão do PSDB desde 2017, o PT local prevê a participação de cerca de 2.000 militantes no PED, em uma disputa acirrada entre dois dos três candidatos à presidência. Os dois favoritos são da CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária do PT: Eric Silva e Sergio Verginio.
Eric Silva conta com o apoio dos vereadores Tiago Nogueira e Clóvis Girardi, além dos grupos dos deputados federal Jilmar Tatto e estadual Paulo Batista dos Reis. Enquanto isso, Sergio Verginio tem no palanque o vereador Wagner Lima, a ex-prefeiturável Bete Siraque, o grupo do deputado estadual Teonilio Barba, e sindicatos. Já Aylton Affonso, da Articulação de Esquerda, corre por fora na disputa andreense.
Por São Bernardo, Max Pinho, da CNB, será confirmado como novo presidente do diretório municipal, visto que é endossado pela bancada de quatro vereadores petistas, dos deputados estaduais Luiz Fernando Teixeira e Barba, do deputado federal Vicente Paulo da Silva, além da atual direção local, presidida por Cleiton Coutinho. Da Articulação de Esquerda, Lidney Soares segue isolado no pleito.
Cenário bem encaminhado também se desenha em Diadema, onde o ex-vereador José Antonio, da CNB, é amplamente favorito, com a adesão de quatro parlamentares e do ex-prefeito José de Filippi Júnior, enquanto Lício Lobo, da Articulação de Esquerda, é visto como zebra. Situação similar ocorre em Mauá, com o deputado estadual Rômulo Fernandes disputando a reeleição com o apoio do prefeito Marcelo Oliveira, ao mesmo tempo em que Luiz Fernando Cuer, do movimento Resistência Socialista, busca surpreender.
Em três cidades do Grande ABC a disputa se resume a um nome na corrida. No PT de São Caetano, após Vera Severiano, da Articulação de Esquerda, retirar a sua chapa, o caminho ficou livre para Tião Vieira, da CNB, ser aclamado presidente municipal. No diretório de Ribeirão Pires, a vereadora Fernanda Henrique, da CNB, tem caminho aberto para ser reeleita no comando do petismo local. Em Rio Grande da Serra, Anita Ramos, da mesma corrente interna, tem o percurso pavimentado para retornar à chefia da sigla.
Na Macro ABC do PT, Brás Marinho, irmão do ex-prefeito de São Bernardo e ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, será mantido na presidência.
Entre quatro candidaturas majoritárias, a reeleição de Kiko Celeguim é dada como certa pelos petistas da região procurados pelo Diário na eleição estadual. A menos de uma semana do pleito, cenário semelhante se passa com Edinho Silva, apoiado por Lula, no diretório nacional. Em ambas as disputas, a perspectiva é de definição no primeiro turno no PED. Havendo mais de dois candidatos à presidência e nenhum deles atingir mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno será agendado para o dia 20 de julho deste ano.
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