Pediram que o povo se retirasse para que fossem destruídas, sem remorso, suas casas, suas escolas, hospitais... e para que fossem mortos, sem culpa, os que ficassem para trás
Pediram que o povo se retirasse para que fossem destruídas, sem remorso, suas casas, suas escolas, hospitais... e para que fossem mortos, sem culpa, os que ficassem para trás.
Bombardearam o território do outro com o vil pretexto de impedir que se desenvolvessem ali armas nucleares. Mataram pessoas com a nobre e justa finalidade de se evitar o mal maior – foi o que disseram.
Permaneceram no poder, porque promoveram a guerra, e isso é incontestavelmente sinal de força, força bruta que um bom segmento da população aprecia sobremaneira. Apoiaram a carnificina à distância, porque coragem não é lá a sua especialidade. Palavras jogadas ao vento, sim.
Tomaram o poder, afinal, amparados pela ignorância de um povo iletrado que sofre as consequências da escolha errada, embora sua cegueira o impeça de perceber o estrago e quem é o responsável por ele. E se acaso ele é descoberto, trata logo de culpar a ideologia contrária, aquela que no momento da corrupção extrema não detinha o poder e que, portanto, não pode ser responsabilizada.
Mantiveram nas mãos as rédeas do comando por causa desse mesmo povo, cuja moral é baixa o suficiente para fazê-lo se afinar com o que há de pior na política do seu país. A democracia é assim, afinal. Por meio dela é possível escolher, ainda que a escolha não seja das mais felizes.
Lançaram impropérios, difamações e um sem fim de mentiras. Ainda proferem, na verdade.
Propagaram o ódio como forma de caminhar na dianteira da evolução humana. Não obstante “evolução” ser palavra deixada de lado quando se abre mão do bom senso em favor da insensatez.
Também abriram as portas para a agressão ao meio ambiente, queimaram dinheiro público, espoliaram a máquina pública, vendendo suas empresas a preço de banana, em troca de favores pessoais e muita riqueza nos bolsos.
Enganaram as pessoas na pandemia. Pessoas que, desprovidas de um fiapo de inteligência, acabaram perecendo.
Carregaram nas costas as bandeiras daqueles que destroem e matam em nome de Deus. Desprezaram, pois, a gente de lá e a gente de cá, gente povo, gente humilde que entrega seu rico voto em troca de um sorriso e um tapinha no ombro. Gente de parco saber. Flagelo que, aliás, vem ocorrendo há décadas, mas que ganhou sobressalto quando as redes sociais se tornaram local mais atraente do que a escola.
Desvalorizaram desde sempre o nobre ofício de ensinar, que bem poderia ajeitar as coisas caso lhe fosse permitido clarear a mente ainda verde, carente de informação e de conhecimento. Daí o desastre ora vigente.
Precisa-se, pois, com urgência, de professores bem remunerados, que recebam também insalubridade e periculosidade, já que o ambiente escolar definitivamente não é dos mais aprazíveis. Parece que papai e mamãe descuidaram da educação do rebento, enchendo-o de mimos e direitos, sem jamais atribuir-lhe deveres. A criança, então, cresceu num paraíso onde não há regras. Depois, o anjinho seguiu para a escola, lugar sombrio, onde lhe foi apresentado um novo modo de vida, calcado, claro em regras. Certamente não foi do seu agrado o rosto dele.
Pronto! Esqueci-me por um instante do sujeito indeterminado. Vê, caro leitor, como é difícil não dar nomes aos bois?
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