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Eduardo Bolsonaro defende Wajngarten e diz que demissão do PL foi 'confusa'

Segundo aliados de Wajngarten, o advogado e a ex-primeira-dama não tinham uma boa relação e ela vinha trabalhando por sua demissão

03/07/2025 | 11:22
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FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu em defesa do ex-secretário de Comunicação do Partido Liberal (PL) e ex-advogado de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten. O filho do ex-presidente elogiou na noite desta quarta-feira, 2, a "lealdade" de Wajngarten e afirmou que sua saída do partido foi "no mínimo confusa".

Wajngarten foi demitido do PL em maio deste ano, a pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, após o vazamento de uma conversa entre ele e o tenente-coronel Mauro Cid sobre a possibilidade de o partido lançar Michelle à Presidência. Nas mensagens, Cid afirma: "Prefiro Lula", e Wajngarten concorda: "Idem".

Segundo aliados de Wajngarten, o advogado e a ex-primeira-dama não tinham uma boa relação e ela vinha trabalhando por sua demissão. Procurado pelo Estadão, Wajngarten não quis se manifestar.

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Nesta terça-feira, 1, Wajngarten prestou depoimento à Polícia Federal sobre um possível interferência no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as Eleições de 2022. O advogado negou e disse que repudia "de forma veemente a acusação de tentativa de tumultuar, de desorganizar, de atrapalhar, embaraçar a investigação".

Em entrevista à CNN Brasil, após prestar depoimento à PF, Fábio Wajngarten comentou o julgamento sobre os atos de 8 de Janeiro e afirmou que eleições sem a participação do ex-presidente - inelegível por decisão do TSE - "não seriam democráticas".

O advogado declarou que continua sendo "um fiel escudeiro da família Bolsonaro" e reforçou que apoiaria uma candidatura tanto do ex-presidente quanto de qualquer um de seus filhos.

Eduardo Bolsonaro compartilhou este trecho da entrevista em seu perfil do X (antigo Twitter) dizendo que o advogado teria "mil motivos para se revoltar e jogar pedras no JB/PL", mas que ele "mantém a postura e segue ajudando naquilo que é possível".

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"Eu aprecio isso num homem, isso chama-se lealdade posta a prova, pessoa que se movimenta por princípios, independente das circunstâncias", diz Eduardo.

Segundo as investigações Wajngarten, juntamente com outro advogado de Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno, teriam procurado Mauro Cid e sua família, incluindo sua filha menor de idade, pedindo que o tenente-coronel anulasse sua delação no inquérito que apura a trama golpista.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes afirmou que as "condutas narradas à autoridade policial indicam a prática, em tese, do delito de obstrução de investigação".




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