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Não ao mototáxi
Da Redação
25/06/2025 | 08:32
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A nova lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que delega aos municípios o poder de autorizar ou não o serviço de mototáxi, abre caminho para decisões mais responsáveis no campo da mobilidade. No caso do Grande ABC, onde a malha viária é intensa e o índice de acidentes com motos preocupa, a medida mais sensata é a proibição definitiva deste tipo de transporte. A prática expõe tanto passageiros quanto condutores a riscos elevados, especialmente quando oferecida por aplicativos, que muitas vezes operam sem fiscalização adequada. A perda recente de duas vidas em São Bernardo apenas reforça o peso da decisão, que deve priorizar a integridade da população.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC acerta ao formar um grupo de trabalho para tratar do tema regionalmente. No entanto, o objetivo deve ser claro: construir posicionamento unificado que vete a atuação dos mototáxis nos sete municípios. Ao invés de promover integração, esse tipo de transporte fragiliza a segurança no trânsito e pressiona os sistemas de saúde com ocorrências evitáveis. Nenhuma demanda por agilidade ou geração de renda justifica a adoção de modelo que contraria o interesse coletivo. O argumento de que a regulamentação tornaria o serviço mais seguro não se sustenta diante da vulnerabilidade estrutural imposta pelas próprias características das motocicletas.

A resistência de plataformas digitais ao novo marco legal não pode se sobrepor à responsabilidade do poder público em proteger vidas. Companhias como Uber e 99 agem para, deliberadamente, confundir o debate, evitando que a conscientização da sociedade atrapalhe seus lucros. A decisão da Prefeitura da Capital paulista de proibir o mototáxi deve servir de referência ao Grande ABC, onde o alinhamento entre os prefeitos demonstra alto grau de maturidade política. A região não pode hesitar diante de modelo de transporte que aumenta a exposição a acidentes fatais e compromete a ordem urbana. Proibir o serviço é medida de prudência, bom senso e compromisso com a segurança.




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