Ribeirão Pires foi reconhecida pela quantidade de olarias nos arredores do antigo Núcleo Colonial
Mocinho, Pedro Manoel Cordeiro, nascido em Ribeirão Pires, acompanhou muitas vezes a expedição para Santos de tijolos feitos nas olarias locais.
Caminhões saiam abarrotados pelas estradas nem tão bem conservadas daqueles anos 1950 e 1960. Vias como a Índio Tibiriçá não existiam (primeiro trecho inaugurado em 1970) e não era negócio enveredar por caminhos como a Estrada Velha de Ribeirão, toda em curva, apontando para o Caminho Velho do Mar. A falta de pavimentação era um impeditivo.
Então os motoristas de Ribeirão Pires seguiam pelo urbano do ainda ABC, futuro Grande ABC, cruzando Mauá, Santo André e chegando à Rua Jurubatuba, em São Bernardo, de acesso à Via Anchieta.
Tijolos de Ribeirão Pires que iam para a construção civil no Litoral.
PELO TREM
Antes do sistema rodoviário, os tijolos de Ribeirão Pires eram despachados de trem. Vagões inteiros carregados pelo principal produto do velho distrito.
Milheiros eram depositados nos terrenos ao largo da estação ferroviária, à espera do embarque.
Carroças e carrocinhas conduziam os tijolos das olarias até a estação.
Deste período se tem notícia de uma primeira cooperativa de oleiros, organizados que eram. A cooperativa sobreviveu até a curva descendente do negócio, final da década de 1960.
O último dos contadores da cooperativa de oleiros foi outro filho da cidade, Roberto Bottacin, jogador do Clube Atletico Juventus, da Mooca (era goleiro), e escritor, com vários livros publicados.
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