Estudos internacionais apontam que a prematuridade é um dos fatores que mais impactam o desenvolvimento da audição e da fala nas crianças
Se todo recém-nascido já exige atenção total, os bebês prematuros — aqueles que nascem antes das 37 semanas de gestação — pedem ainda mais cuidado, principalmente quando o assunto é a saúde auditiva e respiratória. O alerta é do otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista, que chama a atenção para os riscos silenciosos que podem afetar o desenvolvimento desses pequenos.
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Estudos internacionais apontam que a prematuridade é um dos fatores que mais impactam o desenvolvimento da audição e da fala nas crianças. Isso porque, ao nascerem antes do tempo, muitos bebês ainda não têm o sistema auditivo completamente formado.
“Se o bebê não reage a sons do dia a dia, como palmas ou vozes, pode ser um sinal de perda auditiva. E isso precisa ser investigado o quanto antes”, explica o Dr. Gilberto. A recomendação é que esses sinais sejam observados já nos primeiros meses de vida — e, se houver suspeita, o ideal é buscar ajuda antes dos seis meses.
Outro ponto importante é a respiração. Muitos prematuros apresentam um distúrbio chamado laringomalácia, que provoca um colapso das cartilagens da laringe e pode dificultar a respiração e a amamentação. O problema compromete o ganho de peso e pode atrasar o crescimento do bebê.
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Para diagnosticar essas condições, exames como o BERA (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) e a nasofibrolaringoscopia são fundamentais. Ambos ajudam a identificar alterações auditivas e respiratórias de forma precoce e precisa, permitindo o início rápido de tratamentos.
A boa notícia é que, com acompanhamento especializado e intervenções no momento certo, a grande maioria dos bebês prematuros pode ter um desenvolvimento saudável. A dica é: observe, escute e não hesite em procurar ajuda médica ao menor sinal de dúvida.
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