Nesse primeiro semestre ocorreram 61 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave, das quais Influenza e Covid são responsáveis por 59% e 34%, respectivamente
O Grande ABC registrou 61 mortes por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no primeiro semestre de 2025, das quais 21 (34%) ocorreram em decorrência da Covid-19 e 36 (59%) por Influenza, ou seja, a Influenza está matando quase duas vezes mais que a Covid-19. Os demais casos foram dois por consequência do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e mais dois por outros vírus, como o H1N1. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Foram, no total, 1.118 casos de SRAG na região nos seis primeiros meses deste ano. O Estado registrou 35.823 casos e 3.057 óbitos, dos quais 481 (16%) ocorreram por Covid-19 e 850 (30%) por Influenza.
Nos sete municípios da região, o que teve uma maior prevalência da Influenza sobre a Covid-19 foi São Bernardo, com oito mortes por Influenza e duas por Covid-19, seguido de São Caetano, com 14 e oito óbitos, por Influenza e Covid-19, respectivamente; Diadema, com dois e um; e Santo André, com oito e seis. Mauá teve três óbitos para cada um dos vírus, Ribeirão Pires um por Covid-19 apenas e Rio Grande da Serra um por Influenza.
“A SRAG pode ser causada por uma série de vírus, como Covid e Influenza. Ela começa com um estado gripal que se agrava. O paciente fica com uma febre alta, que não cede facilmente com medicações comuns, e, principalmente, com falta de ar, uma insuficiência respiratória. O que aconteceu na pandemia, que levou tantas pessoas à morte, era uma Síndrome Respiratória Aguda Grave, o número na época era muito maior porque foi uma pandemia mundial. E agora está prevalecendo a Influenza”, explica a médica Andreia Antoniolli, professora e pesquisadora em medicina regenerativa.
De acordo com Andreia, normalmente a SRAG acomete a parcela da população que tem a imunidade mais debilitada, como idosos, crianças, pacientes com doenças que afetam o sistema imunológico ou que fazem uso de imunossupressores. “São pessoas que estão com sua capacidade de defesa prejudicada, seu sistema imunológico não foi capaz de evitar que aquele vírus se instalasse no corpo e gerasse uma doença grave”, afirma.
PROTEÇÃO
A vacina é a principal formas de prevenção. Por isso, as prefeituras fizeram campanhas para incentivar a população a se vacinar, especialmente contra a Influenza, no período de abril a junho. Entretanto, a aderência foi aquém do esperado. A meta era imunizar 90% da população de risco, mas apenas 40% compareceu às unidades de saúde para se proteger dos vírus que prejudicam o sistema respiratório.
Andreia Antoniolli acrescenta que, além da vacinação, há outras formas de fortalecer o sistema imunológico. “Manter a vitamina D em ótimos níveis é muito importante, assim como a B e C, ter uma boa noite de sono e construir massa muscular, pois ela produz várias proteínas anti-inflamatórias. O consumo de açúcar e alimentos industrializados e processados acaba desencadeando uma cascata inflamatória no organismo que é silenciosa e sistêmica, e quando vem o vírus, ele pode evoluir para algo mais grave”, acrescenta.
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