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Autor de São Caetano se inspira no Japão para refletir e sorrir

Lançamento do jornalista e escritor Nelson Albuquerque mira na simplicidade em ensinamentos inspirados na ficção sobre mestre Mikan

27/07/2025 | 08:43
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FOTO: Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Temas como o budismo e a reabertura do Japão ao Ocidente (1868) marcam a nova obra de Nelson Albuquerque Junior, a ser lançada em 9 de agosto (das 14h30 às 17h), em São Caetano – Rua Manoel Augusto Ferreirinha, 850, no bairro Nova Gerty.

O romance Mestre Mikan e a Aldeia Desaparecida, nascido de contos escritos durante mudança na vida do próprio jornalista são-caetanense, passeia pelo humor e por reflexões ao contar as aventuras fictícias do ancião e mestre Mikan.

No enredo, um idoso decide viver recluso no interior do Japão, até que moradores locais passam a acreditar que ele seja um mestre enviado para salvar a aldeia. As 128 páginas foram escritas em um mês, após um mergulho de dois anos na filosofia japonesa

Aos 49 anos, o autor conta ao Diário que a ideia nasceu durante uma fase turbulenta da vida, de transformação pessoal. “Foram cinco dias em 2022, quando tive uma crise de labirintite tão forte que não conseguia sair da cama. O quadro veio acompanhado por mudanças no trabalho e na família. Lembro que a primeira coisa que fiz quando abri os olhos foi escrever um conto bem-humorado, de como queria encarar a vida”, relembra. O conteúdo deu vez ao primeiro capítulo do livro. 

Segundo ele, a ambientação da narrativa, de cara, já foi concebida especificamente na era Meiji, quando o Japão saía do comando autoritário de generais shôguns. “Creio que estava dentro de mim essa coisa do Japão (ele não faz parte da comunidade japonesa). Depois de a história nascer por completo, passei a aprimorar, não no sentido de tornar a obra um tratado sobre o país, mas como não ferir a história”, comenta Albuquerque, sobre a imersão em filmes, documentários e livros, o que incluiu principalmente clássicos de Haruki Murakami (escritor japonês) e livros emprestados do filho, formado em Relações Internacionais. 

Apesar de tocar nas transformações pessoais do autor, a intenção dos escritos, segundo o mesmo, passa longe de um moralismo. “O livro tem mesmo uma aparente simplicidade, o que deu trabalho na escrita. Traz também elementos filosóficos do budismo e trata ainda de questões universais ao ser humano. Mas a pretensão, além do objetivo de fazer rir (Mikan, o nome do mestre, por si só, na tradução significa ‘mexerica’), não é ensinar nada a ninguém. Só queria mesmo que as pessoas observassem que, por trás do comum, sempre há ensinamentos naturais”, finaliza o autor são-caetanense.




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