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Eugênio Malanga. Jornalista e publicitário. GM o revelou em São Caetano. Formou quadros e discípulos. Deixou um belo depoimento.

O depoimento foi publicado em agosto de 2000 pela revista “Raízes”, edição especial da Fundação Pró-Memória de São Caetano

03/08/2025 | 02:30
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“A fábrica instalada no Vale do Tamanduateí também mantinha um setor de comunicação com o que havia de mais moderno nos Estados Unidos. Mesclava jornalismo, relações públicas e publicidade. Um nome se destacava, o do professor Eugênio Malanga, chefe de propaganda da GM”.

Cf. Memória, ‘A grande fábrica’, 26-7-2025, na abertura da I Semana São Caetano 2025.

Eugênio Malanga foi entrevistado por dois integrantes do Gipem (Grupo Independente de Pesquisadores da Memória do Grande ABC), Antonio de Andrade e José Roberto Gianello.

Disse Malanga:

A oportunidade de trabalhar na General Motors veio em 1948, quando a empresa resolveu lançar a revista “Vida na GM”, baseada numa similar norte-americana, a GM-Folks.

Fui redator-chefe desde o número 1, em janeiro de 1949, embora meu nome não aparecesse no expediente.

Somente quando fomos registrar a revista no sindicato soubemos da necessidade de um diretor brasileiro na direção.

Três anos após editar a revista, preparava-me para pedir demissão, quando fui surpreendido por uma promoção que me levou a gerente de propaganda da GM.

Eugênio Malanga atuaria mais sete anos na General Motors, para depois seguir carreira de publicitário e professor, inclusive na Faculdade de Comunicação Social Casper Libero, ele que foi aluno da primeira turma de jornalismo desta que é a mais antiga escola do gênero em São Paulo.

Não encontramos maiores registros biográficos deste verdadeiro pioneiro do jornalismo empresarial no Grande ABC. A Internet fala de seus livros, não do autor, o que abre caminho para um trabalho a ser feito: contar quem foi Eugênio Malanga.

Um pontapé inicial foi dado: o artigo de Andrade e Gianello em “Raízes” (está na Internet). 

Talvez a Casper Líbero possa fornecer mais elementos. 

E muito bem fariam outras escolas de comunicação, inclusive as do Grande ABC, em re(descobrir) Malanga e demais profissionais contemporâneos seus, entre os quais Oto Diringer e Ortiz Picazo, jornalista e ilustrador que trabalharam com Malanga e fizeram história no Diário do Grande ABC.

Oto, chefe de reportagem do Diário nos anos 90, foi editor de outra revista da GM, “Frigidaire em Foco” (período: maio de 1957 a abril de 1959), cuja coleção ele cedeu ao Projeto Memória. 

Crédito da foto 1 (cineminha) – Acervo: FPM-São Caetano

CINEMINHA. Eugênio Malanga no ano 2000: ‘antes da GM somente a Esso conseguia ter uma revista interna de boa qualidade e alto nível’

  

Crédito das fotos 2 e 3 (capas) – Acervo: GMB

Crédito da foto 4 (capa) – Acervo: Oto Diringer; divulgação: Projeto Memória

NO CAPRICHO. Números iniciais de três publicações editadas dentro da General Motors quando o jornalismo empresarial engatinhava: charme e arte em cores

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO

Domingo, 3 de agosto de 1975 – Edição 2815

PERIGO – Ninguém acredita em controle: resta conviver com a poluição.

Só 300 das 500 indústrias do Grande ABC consideradas altamente poluidoras pela Cetesb já providenciaram equipamentos antipoluidores.

As 200 restantes estão classificadas de “sob controle” e continuam prejudicando a saúde de milhares de pessoas, não só as que moram próximas às empresas, como as atingidas pelos gases levados pelos ventos.

Informações prestadas por Nelson Nefussi, diretor da Cetesb, formado no ABC e aluno do engenheiro Antonio Pezzolo.

EM 3 DE AGOSTO DE...

1865 - Tomava posse do cargo de presidente da Província de São Paulo o conselheiro João da Silva Carrão – O Conselheiro Carrão.

1905 – General Francisco Glicério, em São Paulo, propunha a troca de Bernardino de Campos por Campos Sales com vistas à eleição presidencial de 1906.

Nota da Memória – General Glicério, nome de rua no Centro de Santo André. Além de militar, foi advogado e jornalista. Teve atuação destacada na Proclamação da República.

1900 - A Firestone era fundada nos Estados Unidos e na década de 1930 chegava a Santo André.

1940 – Liga de Futebol de São Paulo interditava por 60 dias o campo do Cerâmica FC, em São Caetano, pelas “ocorrências desastrosas” no jogo da Divisão Intermediária frente à AA Ordem e Progresso.

Manchete do Estadão: “A eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana”.

Nota da Memória – Era o início da troca da velha ‘maria-fumaça’ por forma mais moderna de energia.

1970 – Renunciava a diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC, presidida por Wilson Costa Ahmanns.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Celebram aniversários em 3 de agosto: Araripe (Ceará), Cassilândia (Mato Grosso do Sul), Guiratinga (Mato Grosso), Ibirapitanga e Potiraguá (Bahia), Nerópolis (Goiás) e Serra Negra do Norte (Rio Grande do Norte).

HOJE

Dia do Capoeirista

Dia do Tintureiro (comemorado em louvor a Santa Lídia, que é tida como padroeira dos tintureiros).

18º Domingo do Tempo Comum

3 de agosto

“A vida não está no que se possui”.

Lucas, 12,13-21.

Hoje é dia de Santa Lídia e de São Nicodemos.




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