A Vila conceição é o maior loteamento de Diadema, com suas 70 quadras – mesmo número das quadras da Vila Barcelona, em São Caetano – traçadas numa área de 3.566.160,00 m²
Numa planta descoberta pela arquiteta Maria Luísa Gagliardi, a Loli, Vila Conceição aparece como parte do Distrito de São Bernardo (na verdade, município autônomo, subúrbio de São Paulo).
A mesma planta registra a data de 26 de setembro de 1925 e a informação: “planta da futura Villa (com dois eles) Conceição.
Além das 70 quadras, aparecem espaços destinados às praças públicas e a um chamado “campo atlético”.
O autor do projeto, engenheiro Carlos Décourt, deu às ruas nomes de personalidades históricas (como a Avenida Dom Pedro I) e nomes indígenas (a exemplo da Rua Tapajós).
Um menino, João Gava, mais de 90 anos depois, informava que ajudou os topógrafos na medição dos terrenos daquele que foi o primeiro loteamento do futuro Município de Diadema.
Explica a arquiteta Loli que, cem anos atrás, o viário era precário, as estradas de terra e a área pouco ocupada.
O TEMPO PASSA...
Loli descobriu uma segunda planta de Vila Conceição, datada de 8 de junho de 1949, do mesmo engenheiro Décourt, mas com alterações feitas posteriormente pelos engenheiros Guilherme Taumbache, Westland e Dino Fusari.
Nas modificações já aparece o nome de Município de Diadema e não mais distrito, como era em 1949.
Também a nomenclatura das ruas sofreu radicais alterações, já aparecendo a Avenida Antonio Piranga, Rua Manoel da Nobrega e Rua Professor Evandro Caiafa Esquivel, o primeiro prefeito de Diadema – o que significa que esta planta de 1949 sofreu modificações já nos anos 60.
Antonio Piranga, uma homenagem a Francisco Antonio de Oliveira, que na planta de 1925 tinha terras que faziam divisa com a nascente Vila Conceição, a exemplo de outros proprietários, como José Escudeiro.
Nesta nova planta aparecem pequenos loteamentos dentro das 70 quadras originais de Vila Conceição. São os casos dos Jardins Olga e Marão, e a Vila Eleonor.
EM VÍDEO – As duas plantas que contam a história da Vila Conceição estão no Face Book da Memória e nas plataformas do Diário. Os documentos ganham vida na criação do artista gráfico Paulo César Nunes, o Paulinho.
Amanhã no “Momento Memória” outro bairro centenário do Grande ABC, Capuava, entre Mauá e Santo André. E no sábado, a continuidade da Semana São Caetano 2025, série 2.
Crédito da foto 1 – PMD
EXPANSÃO. A Vila Conceição de 1925 ganha a nomenclatura de ‘bairro’ na nova Diadema entre o Centro e o Serraria
EDUCAÇÃO EM MAUÁ
Daniele Alves da Silva faz hoje a sua defesa de mestrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Tema: “A Escola Primária em Mauá, da escola ambulante à criação do primeiro grupo escolar (1896-1935).”
A banca será composta pelos professores-doutores Ana Raquel Costa Dias, Claudia Panizzolo, Fernando Rodrigues Oliveira e Renato Alencar Dotta.
A sessão começa às 14h e pode ser acompanhada via Google Meet.
Em 11 de junho de 2022, toda feliz, Daniele comunicava a esta página Memória que fora aprovada no processo seletivo para o mestrado da Unifesp. Agora, mais um momento importante na sua vida acadêmica.
Crédito da foto 2 – Projeto Memória
DANIELE EM 2022. Ela e o livro ‘De Pilar a Mauá’: vontade de entender como se deu a evolução do ensino na cidade
DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Quinta-feira, 7 de agosto de 1975 – Edição 2818
DESINDUSTRIALIZAÇÃO – Na coluna Primeiro Plano, Júlio Pinheiro, pseudônimo do jornalista Hermano Pini Filho, noticiava a saída de São Caetano da indústria Alvenius – Equipamentos Tubulares.
Com fábrica na Rua Tocantins, Vila Gerty, a Alvenius transferia-se para Cotia.
Acrescentava Júlio Pinheiro: “antes, já haviam se transferindo da cidade a Ferro Enamel, que se instalou em São Bernardo; a Corona, que foi para Diadema; Tintas Real para Guarulhos e a Willo para Taboão da Serra.
Completava o articulista: “isso, num levantamento rápido, incompleto, portanto”.
NOTA DA MEMÓRIA – Com raízes em São Caetano, onde chegara menino, o saudoso Hermano registrava, meio século atrás, o que hoje se chama de desindustrialização.
DESEMPREGO – Dispensa em massa de trabalhadores sobrecarregava a Justiça do Trabalho do Grande ABC.
EM 7 DE AGOSTO DE...
1905 – Em Ribeirão Pires, um oleiro de nome Benjamim agredia o companheiro Caetano Barbieri com um tiro de revólver no peito. A vítima foi internada no Hospital de Misericórdia, em São Paulo.
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo registrava o recebimento de um volume do livro “Contribuicion al estudio de la cartografia de los países del Rio de la Plata”, autoria de Daniel Garcia Acevedo, da Junta de História e Numismática de Buenos Aires.
1955 – Previsão publicada pela Imprensa: o homem iniciará em 1985 a aventura da conquista do espaço.
Nova York, 1 (UP) – O desenvolvimento técnico permitirá lançar uma estação experimental a 1.700 quilômetros da terra.
Anúncio: indústria de moveis Itá lançava a cadeira do papai, “a poltrona mais confortável para descanso”
1965 – Fundado, em São Caetano, o Clube dos Castores.
Informa o Lions: “O Clube de Castores foi a primeira Sociedade Jovem do Brasil e o primeiro movimento jovem do Lions Club International no mundo, servindo de exemplo”.
1970 - Engenheiros santistas discutiam o traçado da futura Rodovia dos Imigrantes em São Vicente e Santos.
MUNICÍPIOS PAULISTAS
Hoje é o aniversário de Cipotânea (MG), Conceição do Tocantins (TO), Feliz Deserto (AL), Kaloré (PR), Laranjeiras (SE), Painel (SC) e Passo Fundo (RS).
São Caetano
7 de agosto
(Itália: 1480-1671). Padroeiro da cidade de São Caetano “do Sul”, desde os tempos da Fazenda São Caetano, dos monges beneditinos (primeira metade do século XVIII).
Fonte: St. Cajetan Catholic Church
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