Equipamento é mais uma barreira física no plano de segurança da Casa; vidro para separar vereadores do público está em fase de contratação
A Câmara de São Caetano gradativamente tem levado a cabo seu plano de estruturar medidas de segurança no prédio do Legislativo. No acesso ao plenário está em funcionamento um detector de metais. O equipamento se integra a outras medidas de controle de acesso à área onde acontecem as sessões.
Na terça-feira (19), primeiro dia de funcionamento do aparelho que custou R$ 16.940, um guarda-civil armado observava quem por ali passava. A cada sinal sonoro, determinava-se que objetos de metal fossem colocados em um cesto para verificação visual.
O detector de metal é mais uma medida para se controlar o acesso. Após passar pelo equipamento o visitante precisa realizar o cadastro na recepção com nome e número de documento, se for a primeira vez, ainda é feita a coleta da biometria facial, usada posteriomente para liberar as catracas.
A instalação do equipamento começou a ser estudada ainda no primeiro semestre após movimentos populares e militantes de partidos de esquerda tomarem a galeria para protestar contra os vereadores.
Em clima tenso, com brigas verbais entre parlamentares e manifestantes, e intervenção de agentes da Guarda Civil Municipal que por vezes precisaram esvaziar o espaço, o temor de alguém pudesse atentar contra os detentores de mandato tomou conta e a pressão para reforçar a segurança no plenário ganhou corpo.
O equipamento se integrará a outra barreira física que em breve será instalada. “Vamos colocar vidros para dividir a plateia dos vereadores. Alguém pode pular ali (no plenário) e agredi-los”, afirmou, em 20 de junho, o presidente do Legislativo, Carlos Humberto Seraphim (PL).
A implementação da barreira não é novidade no Grande ABC. As Câmaras de São Bernardo e Mauá contam com o dispositivo de segurança.
A nova barreira, segundo a assessoria do Legislativo são-caetanense, não tem data para ser instalada, mas segue nos planos. “Trata-se de uma intervenção com maior complexidade estrutural, que está em fase de contratação de projeto específico, que contará com a devida responsabilidade técnica”, respondeu o setor de comunicação da Casa ao Diário.
CONTROVÉRSIAS
O vereador Caio Salgado (PL) apoia a instalação do detector de metais, mas é contrário ao vidro de separação.
“A implementação do detector de metal é importante. Eu apoio, pois garantirá mais segurança para todos que frequentam a Casa de Leis. Com relação ao vidro, acho desnecessário. Pode acontecer um distanciamento da população, o que não seria bom para discussão de melhorias das políticas públicas”, disse liberal.
Bruna Biondi (Psol) não comentou sobre o detector, mas opinou sobre a divisória. “Acredito que essa medida servirá apenas para afastar mais ainda a participação popular da nossa Casa, que já é tão ausente e comumente reprimida.”
Outro parlamentar ouvido pelo Diário foi Jander Lira (PSB). “Esta medida da presidência foi em decorrência dos fatos passados de militantes políticos inviabilizando as sessões. Aqui é a casa do povo. Portanto, cabe o respeito de todos. Impedir o funcionamento do Legislativo é prática antidemocrática e autoritária”.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.