Governador se comprometeu a descentralizar o atendimento e parlamentares cobram o polo visando à capacitação profissional
Vereadores das sete cidades do Grande ABC, reunidos na Frente de Cooperação Interlegislativa para a Neurodiversidade, têm atuado de forma conjunta para fortalecer políticas públicas voltadas às pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A iniciativa busca garantir mais dignidade, acessibilidade e atendimento especializado na região.
Como parte desse esforço, o grupo cobra o cumprimento da promessa feita pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de instalar unidades do Centro TEA Paulista em 15 regiões administrativas. A prioridade da Frente é assegurar a capacitação de profissionais da educação e da saúde, fundamentais para a ampliação e qualificação do atendimento às pessoas neurodivergentes.
Segundo o vereador de São Caetano Caio Salgado (PL), que integra a frente parlamentar, somente por meio da formação, da capacitação e do acolhimento é que será possível proporcionar a verdadeira inclusão. “A principal característica do Centro TEA Paulista seria de formação dos profissionais, dos servidores e do atendimento, proporcionando também garantia dos direitos por meio de orientação jurídica. O governador firmou o compromisso. Por isso, estamos pleiteando que seja aberto (um equipamento) aqui no Grande ABC”, pontuou.
Caio Salgado destacou que apesar das legislações vigentes, o cenário ainda está muito distante do ideal, tendo em vista a disparidade do atendimento oferecido entre uma cidade e outra. “Reforço que é na formação, na capacitação e no acolhimento que vamos proporcionar a verdadeira inclusão. É necessário entender que esses três pontos são prioritários para que possamos entregar uma melhor inclusão nas escolas e aí, claro, depois investir em tecnologia assistiva, tanto na parte pedagógica quanto no acompanhamento das atividades rotineiras dentro da unidade, como ir ao banheiro, comer, na convivência. Ensinar o aluno no dia a dia até a sua independência”, afirmou.
O vereador destacou que há áreas importantes com falta de profissionais, porque a procura é muito grande, como por exemplo, neuropediatra, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. “São três profissões que podemos dizer que são escassas. Não tem mão de obra para atender o número de pessoas, e onde isso se reflete ? Na rede pública, que tem menor poder de investimento do que a particular”, disse.
FAMÍLIAS
A necessidade de uma rede de apoio para as famílias atípicas é outro ponto destacado pelo vereador. “Infelizmente, estamos tentando correr atrás do prejuízo. É fundamental, porque a mãe e o pai com a saúde mental em dia vão ter muito mais condições de buscar o trabalho, o recurso para a casa. De buscar os atendimentos e, principalmente, conseguir ajudar no desenvolvimento dos filhos. É preciso despertar a importância do autocuidado, antes que se entre em um quadro de depressão”, pontuou.
Nesse sentido, o Grande ABC vai receber R$ 36 milh<CW-29>ões do Orçamento da União para aplicar em projetos ligados à saúde mental – tema de campanha encabeçada pelo Diário. Do total, R$ 18,5 milhões correspondem às emendas individuais do deputado federal Alex Manente (Cidadania), que são repassadas diretamente aos cofres municipais. O restante é relacionado às chamadas emendas Pix, que requerem a apresentação de projetos prévios por parte das prefeituras das sete cidades.
“Para São Caetano o deputado destinou R$ 2 milhões. Acredito que até setembro o valor já estará nos cofres públicos. O trabalho será desenvolvido pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)aqui da cidade. Estamos aguardando o recurso chegar à Prefeitura”, afirmou.
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