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Gleisi critica Banco Central pela alta de juros, mas não cita Galípolo, indicado por Lula

Na gestão anterior, de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a ministra, que estava na Câmara como deputada federal, publicava reclamações

20/06/2025 | 10:20
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FOTO: José Cruz/Da Agência Brasil


A ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, criticou o Banco Central pela nova alta de juros, sem citar o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para comandar a instituição.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumentou na quarta-feira, 18, a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto porcentual, de 14,75% para 15% ao ano. A decisão foi unânime.

Nas redes sociais, Gleisi se tornou uma das vozes mais críticas à política da autoridade monetária de subir os juros para controlar a inflação.

Na gestão anterior, de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a ministra, que estava na Câmara como deputada federal, publicava críticas se referindo ao órgão como o "BC de Campos Neto". Agora, com um indicado de Lula presidindo o Banco Central e votando pela alta de juros, ela foi cobrada pela oposição por um posicionamento.

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"No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros", disse Gleisi, sem citar Galípolo. "O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos", escreveu a ministra.

O presidente Lula, outro crítico de BC em ocasiões de subida da taxa de juros, não se pronunciou até a manhã desta quinta-feira, 19.

O Banco Central justificou a decisão por conta do cenário com projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.

O Copom sinalizou que pode manter os juros no patamar atual, mas que poderá voltar a aumentar a taxa caso necessário.




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