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Terceira usina de energia fotovoltaica é inaugurada em Santo André

Equipamento localizado no bairro Cidade São Jorge integra complexo projetado para gerar eletricidade por meio do Sol

Thainá Lana
26/06/2025 | 11:33
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FOTO: André Henriques/DGABC


Matéria atualizada às 13h26

A Prefeitura de Santo André inaugurou na manhã de quinta-feira (26) a terceira usina fotovoltaica da cidade, localizada no bairro Cidade São Jorge, próxima ao aterro sanitário. O novo equipamento integra o complexo, que será composto por quatro unidades. A iniciativa busca ampliar a capacidade do município em gerar eletricidade por meio de energia solar.

No total, a terceira unidade, chamada de UPES II (Unidade de Produção de Energia Solar), conta com 2.352 painéis solares instalados em terreno de 15.000 metros quadrados. O investimento foi de cerca de R$ 11,5 milhões, oriundos do Fundo de Iluminação Pública da cidade. 

A energia elétrica gerada no conjunto de usinas é disponibilizada para a Enel. Em troca, a concessionária fornece para a cidade créditos utilizados para reduzir o valor da conta de luz de prédios públicos. Até o momento, com as duas usinas inauguradas no ano passado, a Prefeitura economizou R$ 1,3 milhão nas contas de energia das escolas municipais.

O evento de inauguração contou com a presença do prefeito Gilvan Ferreira (PSDB), da vice-prefeita Silvana Medeiros (AVANTE), do secretário de Manutenção e Serviços Urbanos, José Antônio Ferreira, entre outras autoridades municipais e parlamentares. O chefe do Executivo afirmou que o complexo é um dos maiores parques municipais de energia solar do País. 

“É uma obra que coloca Santo André no futuro. Mas o que essas usinas mudam na vida das pessoas? Além de uma energia limpa que melhora o meio ambiente, em um prazo de sete anos a Prefeitura terá uma economia de mais de R$ 130 milhões. Isso vai gerar um desconto no abatimento da conta do munícipe em relação à contribuição da iluminação pública. Então, se a gente deixa de gastar esse recurso, o munícipe economiza lá na ponta”, explicou o prefeito. 

O secretário de Manutenção e Serviços Urbanos de Santo André, José Antônio Ferreira, ressaltou que além da economia verde, a usina recém-lançada também contribui para a zeladoria do bairro e para recuperação ambiental da área. O local onde estão instaladas a terceira e a futura quarta unidade era utilizado como depósito de descarte de lixo (antigo lixão). No início da década de 1980, as áreas foram ocupadas por centenas de famílias, que foram direcionadas para conjuntos habitacionais, após projeto de urbanização. A Prefeitura impediu novas invasões e realizou processos para recuperação do solo. 

“A transformação que essas usinas trouxeram para o bairro impactou em diversas intervenções, como aberturas de novas ruas, ampliação do asfalto, iluminação em LED, entre outras. Não é só um benefício ambiental, não é apenas uma obra, esse complexo também precisa mudar a vida dos moradores nos entornos. Aqui era uma área ocupada e tínhamos uma grande dificuldade de controle, além de ser um espaço contaminado, e resolvemos de uma vez por toda esses problemas. O Brasil nos dá a capacidade de aproveitar o sol o ano todo e não podemos desperdiçar isso”, pontuou o secretário. 

Complexo

A primeira usina foi inaugurada em maio de 2024 no Jardim Las Vegas em uma área de 11.000 m² e com mais de 1.700 painéis. Já a segunda unidade, que conta com 2.352 painéis, está instalada em terreno de 15.000 m² próximo à Avenida dos Estados, mais precisamente na Rua Angelo Puga – nome em homenagem a um dos fundadores do Diário do Grande ABC, que faleceu em 2023.

A previsão da Prefeitura é que a última usina seja inaugurada no próximo mês. A unidade está sendo construída em frente à terceira usina, no bairro Cidade Jardim e deverá contar com uma área de lazer para a comunidade. Com os quatro equipamentos inaugurados, Santo André terá aproximadamente 9.000 painéis de energia solar em funcionamento na cidade. 

Segundo a Prefeitura, a expectativa é que, em cerca de sete anos, a economia gerada seja de R$ 130 milhões e supere os R$ 40 milhões investidos na construção do complexo de usinas. Será a partir desse período que o munícipe será impactado diretamente com o desconto na conta de energia pública. A vida útil do parque é de 25 a 30 anos. 

Meio ambiente

Edilson Ferreira dos Santos, secretário municipal de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas de Santo André, falou ainda que o complexo de usinas contribui para redução de até 80% na emissão de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, em comparação com a extração de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão. O CO2 é um dos principais gases de efeito estufa e desempenha um papel crucial no aquecimento global. 

“Com isso também estamos minimizando os efeitos das mudanças climáticas. As usinas também não ocupam áreas de represa, então não temos um efeito negativo na biodiversidade, porque não é preciso alagar uma área para poder gerar energia e consequentemente contribui para preservação da água. Outro ponto importante é a recuperação do solo de uma área degradada, isso melhora todo aspecto ambiental do bairro”, disse Santos. 

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