Política Titulo Ajuda para consumidores
Estado fortalece combate a fraudes da ‘bomba baixa' no Grande ABC

Sistema eletrônico com criptografia está em funcionamento em postos de três das sete cidades

Wilson Guardia
20/06/2025 | 10:28
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FOTO: Claudinei Plaza/DGABC


O governo do Estado tem criado mecanismos para combater atitudes lesivas ao consumidor e fortalecer ações que visem a inibir golpes em postos de combustíveis. “Pretendemos acabar com isso. Não queremos que você seja vítima de fraude”, alerta o vice-governador, Felício Ramuth (PSD).

A estratégia do ponto de vista governamental é simples. Dar publicidade ao sistema antifraude que, a passos lentos, começa a dar as caras nos postos de combustível em todo o território paulista. Trata-se de um conjunto de medidas e tecnologias projetadas para garantir que o consumidor receba a quantidade correta de combustível pela qual está pagando.

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, explica que cada circuito de medição e comunicação das bombas de combustíveis estão integrados a um sistema eletrônico, sendo que todas as informações trocadas pelos componentes são criptografadas e com assinaturas próprias, o que impede interferências externas que busquem burlar o complexo processo.

Ramuth lembra que as fiscalizações do Ipem, Procon-SP e até mesmo investigações policiais seguem em atuação para identificar atos lesivos e punir os fraudadores. Essas ações se unem à divulgação do site www.ipem.sp.gov.br. No portal eletrônico, na aba ‘Bombas de Combustíveis Mais Seguras’, o consumidor poderá consultar os postos com a nova tecnologia que inibe adulterações. 

A busca é simples e pode ser realizada escrevendo o nome do posto, o endereço ou simplesmente consultar por cidade. Uma tabela com os estabelecimentos com a utilização da nova tecnologia será listado.

No Grande ABC, das sete cidades, três têm postos com os novos equipamentos. Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires contam com um posto cada com o novo sistema de abastecimento. Ao todo são 10 bombas em funcionamento com a trava antifraude. 

A quantidade ainda é pequena no universo dos 380 postos da região, mas é um avanço nas relações de consumo entre fornecedor e clientes. Em média, cada bomba tem custo que varia entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, a depender da cotação do dólar. Os equipamentos podem ser fornecidos pelas distribuidoras de redes famosas, de acordo com contratos com o varejista, ou comprados pelo dono do posto.

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Por determinação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) todos os equipamentos no Brasil devem ser substituídos até 2033.

Apesar do custo elevado há quem prefira investir na substituição das bombas para oferecer aos clientes a garantia de receber pelo o que realmente paga.

Márcio Barbosa, gerente de um posto bandeirado na Vila Pires, em Santo André, tem duas bombas operando com a nova tecnologia e outras duas em processo de substituição. Ele afirma ao Diário que “s placas são invioláveis: “Qualquer tentativa de fraude o sistema trava e para de funcionar”. A operação volta ao normal após a abertura de uma ordem de serviço na fabricante da bomba, que vai colocar um técnico em contato com o responsável pelo posto. Questionamentos serão feitos para uma análise remota. Na sequência, um código, que sempre muda, será repassado para reativar o sistema.

Barbosa lembra que o sistema apenas impede adulteração em relação a quantidade marcada no visor e real entregue. Em relação a combustível batizado, por exemplo, com solventes misturados à gasolina ou mais água no etanol, o gerente explica que alguns sinais podem ser observados pelos clientes na hora do abastecimento para evitar ser lesado.

“Preço abaixo da média da região e funcionários sem uniforme com a marca do posto devem acender uma luz de alerta. O ideal é procurar postos com bandeiras e sempre que possível pedir o teste de proveta para a análise do combustível na hora, na frente do cliente”, orienta Barbosa.




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