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MP-SP abre investigação de contrato firmado pela gestão Atila na pandemia

Promotoria apura acordo por Hospital de Campanha contra Covid-19

Bruno Coelho
20/06/2025 | 10:45
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FOTO: André Henriques/DGABC/Banco de Dados


O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades em um contrato firmado entre a Prefeitura de Mauá com a organização social Atlantic Transparência e Apoio à Saúde Pública, na gestão do então prefeito Atila Jacomussi (União Brasil), hoje deputado estadual. O acordo assinado resultou na implantação do Hospital de Campanha de enfrentamento à pandemia da Covid-19. O parlamentar nega ilegalidades e atribui o caso à perseguição política.

A motivação para abertura do inquérito transcorreu por meio de apontamentos do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que rejeitou as contas de Atila em 2020, quando a estrutura hospitalar foi instalada, em um dos estacionamentos do Paço. O foco da investigação se dará sobre possíveis falhas na execução orçamentária, insuficiência no pagamento de precatórios e problemas na contabilização de recursos no combate à pandemia.

O promotor Juliano Augusto Dessimoni Vicente, responsável pelo caso, avaliou que não há elementos suficientes para classificar a suspeita como uma prática de ato doloso de improbidade administrativa, por isso arquivou parcialmente o processo. No entanto, a investigação prossegue quanto aos contratos firmados na gestão de Atila.

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Em nota, o ex-prefeito assegurou que o contrato com a Atlantic transcorreu dentro da lei, tanto que os processos foram arquivados e o próprio Caex (Centro de Atividades Extrajudiciais), do MP-SP, emitiu parecer informando não haver indícios de irregularidades. “Em 2020, o Hospital de Campanha de Mauá salvou milhares de vidas, mas, infelizmente, grupos políticos e empresariais adversários a mim e ao povo se aproveitaram da dor e do medo da população para induzir e confundir órgãos de fiscalização, com o objetivo claro de tentar manchar a minha biografia”, afirmou.

A Atlantic foi procurada pela reportagem, que não localizou seus representantes.




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