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Mauaense morre em Amsterdã e amigos fazem vaquinha para repatriar corpo

Consulado brasileiro comunicou o óbito do estudante de 31 anos na última sexta-feira (20); causa da morte não foi divulgada

Thainá Lana
23/06/2025 | 11:35
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Arquivo pessoal


Matéria atualizada às 16h01

O mauaense Rafael Luiz dos Santos Abreu, 31 anos, morreu na última semana, em Amsterdã, na Holanda, e amigos fazem vaquinha para repatriar o corpo para o Grande ABC. O estudante de 31 anos chegou à cidade no dia 13 a passeio e o consulado brasileiro comunicou o óbito aos familiares na última sexta-feira (20). O corpo foi reconhecido nesta segunda-feira (23) pela família, que está abalada com o caso e prefere não se pronunciar no momento.

Responsável pela vaquinha e pela divulgação das informações sobre o caso, a melhor amiga de Rafael, Bruna Ribeiro Lopes, 30, explica que o mauaense combinou de encontrar outra amiga, Beatriz Lopes, 28, em Amsterdã, e que na terça-feira (17) eles iriam viajar juntos para Dubai, local onde Beatriz vive atualmente. Porém, na segunda-feira (16), Rafael parou de responder às mensagens e, sem comunicação com o estudante, o grupo de amigos encontrou em contato com o consulado brasileiro na cidade.  

Bruna conta que a polícia holandesa investiga a causa da morte, que ainda não foi confirmada. “Hoje recebemos a informação do consulado de que pessoas teriam visto o Rafael se despindo e entrando no canal da cidade. Uma das nossas teorias, com bases nessas poucas informações, é de um possível acidente. Não sabemos se, ocasionado por uma alucinação, ele possa ter usado algo em Amsterdã, pois sabemos que o uso de drogas é liberado”, detalha a amiga, que é assistente de TI (Tecnologia da Informação). 

Criada no sábado (21) por um grupo de amigos, a meta da vaquinha online é arrecadar R$ 90 mil, valor que será utilizado para custear as despesas com documentação, liberação e transporte, taxas e despesas do translado internacional do corpo e custos funerários em Mauá. Até o momento, o financiamento coletivo conta com 403 apoiadores que doaram R$ 30.941,72. 

Rafael estudava Inteligência Artificial em Nova Iorque e trabalhava com criptomoedas. Ele saiu do Brasil em 2019 para morar em Londres, na Inglaterra, onde permaneceu por quatro anos. Depois disso, segundo Bruna, ele virou nômade e passou a viajar pelo mundo. 

Rafael e Bruna em chamada de vídeo.

“O Rafael era alegre e tinha muitos sonhos. Adorava viajar e conhecer o mundo, e fazia muito isso a trabalho, ele não tinha tempo ruim para nada, adorava dançar, amava viver, não importava o dia. Nossa amizade era de irmãos, quando ele vinha para o Brasil, nós estávamos 100% do tempo juntos”, relembra Bruna. 

Consulado brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, informou que não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros. O órgão apenas pontuou que “permanece à disposição para prestar a assistência consular devida”.

Segundo informações no site do Consulado do Brasil em Amsterdã, em caso de falecimento de brasileiros na Holanda, os familiares ou conhecidos devem contratar agência funerária local para auxiliar na interlocução com as autoridades envolvidas, no encaminhamento da documentação, na preparação do funeral e, se for o caso, na repatriação do corpo, restos mortais ou cinzas ao Brasil ou para outro país.




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