Marcelo Camargo é parte de apuração criminal sobre caso de assassinato que envolve mãe e filho ocorrido em abril de 2023
Inquérito que envolve o empresário Marcelo Camargo, primeiro suplente do vereador de São Caetano Getúlio Carvalho Filho, o Getulinho (União Brasil), segue inconcluso após dois anos de investigação, sem previsão de chegar ao fim. O unionista é averiguado pela polícia em caso de assassinato que envolve mãe e filho ocorrido em abril de 2023.
Marcelo Camargo é ex-sogro de Matheus Lima, assassinado ao lado da mãe, Margareth Lima, na Zona Leste de São Paulo. Segundo o inquérito policial, os dois foram alvejados dentro do veículo da família, na Vila Industrial, em 11 de abril de 2023. No documento consta ainda que quando os policiais chegaram ao local do crime, ambos estavam mortos.
Matheus foi atingido por 12 disparos e a mãe por dez. Constam no inquérito imagens de videomonitoramento de uma empresa em frente à casa das vítimas, as quais mostram que o veículo da família começou a ser acompanhado pela moto do autor dos disparos assim que deixou a residência, próxima ao local onde foram mortos.
Segundo inquérito policial a que o Diário teve acesso, familiares das vítimas acreditam que o suplente de vereador tenha envolvimento nos homicídios. Um dos depoentes afirmou à época que Camargo e o ex-genro começaram a se desentender quando Matheus e a filha do averiguado puseram fim ao relacionamento após briga.
O familiar relatou durante oitiva que a vítima, mesmo após deixar o empreendimento de Marcelo Camargo onde trabalhava, continuou a sofrer ameaças e perseguições de várias pessoas ligadas ao empresário, inclusive por meio de contas fake, após terem sido bloqueadas por Matheus, que já teria cortado contato com a ex-mulher e o suplente de vereador.
O depoente informou à polícia que Matheus “no dia 22 de fevereiro de 2023, em conversa utilizando o aplicativo WhatsApp, afirmou estar temeroso quanto a seu ex-sogro Marcelo, posto que, na ocasião, revela que este passou vagarosamente por duas oportunidades de carro olhando para ele no intuito causar algum tipo de intimidação”.
O familiar relatou ainda acreditar que as vítimas conheciam o condutor da moto, tendo em vista que teriam parado o veículo em local ermo, mesmo estando a caminho da igreja.
Procurado ontem pela equipe de reportagem, Marcelo Camargo preferiu não se pronunciar e indicou sua defesa, que informou à reportagem que “em análise, verifica-se que o IP (Inquérito Policial) está em tramitação, de modo que pela regra descabe tecer comentários”.
Questionada, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) afirmou que “o caso segue em investigação pelo DHHP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), que realiza diligências antes da oitiva do homem citado, que ainda ocorrerá durante o escopo do inquérito policial. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.
Em entrevista recente ao Diário, Marcelo Camargo afirmou que tem total interesse em que o inquérito chegue ao fim. Em 15 de maio deste ano, última movimentação do processo, houve pedido à Justiça de mais prazo para as investigações, o que foi concedido.
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