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Com 84 km, malha cicloviária avança 19% no Grande ABC

Em dois anos, Rio Grande implantou as primeiras vias exclusivas para bicicletas na cidade

01/09/2025 | 08:38
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FOTO: Celso Luiz/DGABC
FOTO: Celso Luiz/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


O Grande ABC ampliou sua malha cicloviária em 19% nos últimos dois anos. Atualmente, a região conta com 84,3 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, ante 70,8 quilômetros de extensão registrados em 2023.

Rio Grande da Serra apresentou o maior aumento no período, já que não havia nenhuma via dedicada a bicicletas em 2023. Atualmente, o município possui 5,6 quilômetros de ciclovias, segundo dados da Prefeitura. Em dois anos, Mauá (de 3,5 km para 7,6 km), São Caetano (de 16,5 km para 18 km) e São Bernardo (de 12,3 km para 15,7 km) também expandiram suas redes de mobilidade urbana. Já Ribeirão Pires (2,5 km) e Diadema (15 km) mantiveram a mesma extensão.

Santo André também preservou a média de 20 quilômetros em relação ao ano retrasado. O Paço informou que o Planmob (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável) está em final de elaboração para ser aprovado. “Este documento contemplará uma proposta de ampliação de vias cicláveis com o objetivo de formar uma rede com a infraestrutura necessária, com bicicletários e paraciclos e adequação da sinalização, além de ações de educação e fiscalização”, destacou a Prefeitura. 

Para os próximos anos, São Bernardo planeja construir 4,4 quilômetros de ciclovias nos corredores dos Couros e 2,8 quilômetros na Estrada dos Alvarengas, aumentando a rede para 22,9 quilômetros. Em comparação com a Capital, a malha cicloviária da região ainda está distante. O município paulista possui 777 quilômetros de malha cicloviária, a maior do País.

A professora de Arquitetura e Urbanismo da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e especialista em planejamento territorial, Silvia Vitale, destaca que, além de aumentar a extensão, é fundamental integrar os trajetos. “A estratégia é conectar parques, áreas verdes e bairros. Não adianta apenas somar quilometragem, é preciso observar o desenho da rede. Muitas ciclovias existentes ligam lugar nenhum a lugar nenhum. É essencial conectar aos equipamentos públicos”, afirma.

O farmacêutico e morador de São Bernardo, Mário de Souza Cruz, 48 anos, utiliza a bicicleta para ir ao trabalho em Congonhas, na Capital, e percorre 23 quilômetros diariamente. Ele observa avanços na malha cicloviária do município, mas ainda destaca pontos críticos. “Comparada há alguns anos, melhorou bastante, mas a rede ainda tem deficiência. Além disso, há muito desrespeito no trânsito, uma questão cultural. Muitos motoristas acham que estamos pedalando apenas por lazer, então precisamos redobrar a atenção”, comenta Cruz.

A docente Silvia Vitale reforça que a segurança dos ciclistas precisa ser prioridade. “É importante criar elementos de proteção alinhado ao paisagismo. Em algumas vias, é possível estreitar a faixa, fazendo com que os motoristas reduzam a velocidade”, conclui a especialista em planejamento territorial.

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