A Prefeitura de Santo André iniciou a renaturalização do Córrego GE (que leva este nome em alusão à antiga fábrica da General Eletric que ficava na região do curso d'água), localizado entre a avenida Industrial e a rua Fichet, no bairro Jardim, deságua no Rio Tamanduateí. O curso d'água, com esta intervenção, terá suas características originais devolvidas, ou seja, tendo de volta sua forma natural antes de qualquer interferência do homem. Segundo o Paço, a ação é inédita no Grande ABC e "beira o pioneirismo também no Brasil". 

O prefeito Gilvan Junior (PSDB) esteve no local acompanhado pelos secretários José Antônio Ferreira (Manutenção e Serviços Urbanos) e Marília Camargo (Habitação e Regularização Fundiária) para verificar as atuais condições do local.

"Uma renaturalização pioneira no ABC com recurso proveniente do Conselho Municipal de Política Urbana. Todas as contrapartidas dos empreendimentos no entorno serão usadas para esta finalidade. Vamos tornar este espaço basicamente em um parque linear, com pista de caminhada, espaço pet, equipamentos para alongamento. Então  devolvemos para o bairro um córrego renaturalizado e ainda implementamos uma área de lazer", afirmou o prefeito Gilvan.

LEIA TAMBÉM:

Wi-fi gratuito em ônibus chega a 52 mil usuários em Santo André

Serão realizados aproximadamente 220 metros de obras lineares para renaturalização do córrego, sob custo de R$ 1,5 milhão. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), parceira da Administração Municipal neste procedimento, já realizou a retirada de 973 ligações de esgoto das galerias de águas pluviais o que, consequentemente, retirou 1,5l/s de volume de esgoto irregular despejado no córrego GE. Além disso, a concessionária efetuou a reconstrução do leito e das margens, com a colocação de pedras que diminuem a velocidade da água e protegem as margens.

"Santo André demonstra de forma cada vez mais incisiva o seu comprometimento com o meio ambiente , com a sustentabilidade e com bem-estar do seus munícipes. Atitudes como essa podem servir de exemplo e quem sabe multiplicadas por outros gestores", disse o secretário José Antônio Ferreira.

Além dos equipamentos citados pelo prefeito Gilvan, a área de lazer ainda contará com espaço para descanso e contemplação, realização de trabalhos de conscientização sobre as questões ambientais, recuperação vegetação e implantação de mata ciliar, plantio de indivíduos arbóreos e paisagismo, além de instalação do mobiliário urbano.

LEIA TAMBÉM:

Santo André aborda saúde mental em programação cultural

Córrego Cemitério

Com o objetivo de combater as enchentes na área central da cidade - como as ruas Álvares de Azevedo, Monte Casseros, Itambé e avenida Industrial entre outras nas adjacências - a Prefeitura de Santo André está investindo R$ 2 milhões para o desassoreamento de um trecho de 1,5 quilômetro do Córrego Cemitério, que passa justamente ao lado da Estação Celso Daniel da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e onde está sendo construído o CITE (Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo de Santo André).

"Duas toneladas e meia de resíduos que estamos retirando no desassoreamento deste córrego. Limpeza importante, porque a bacia dele passa pela Estação, pelo Centro. Depois das duas grandes chuvas que tivemos, estamos fazendo a limpeza de todos os córregos, bueiros inteligentes, preparando a cidade para as próximas chuvas", explicou o chefe do Executivo andreense.