Fábrica Oben volta ao expediente após greve de trabalhadores do setor administrativo e de produção
O Sindicato dos Químicos do ABC negociou um pacote de benefícios para 49 demitidos da empresa petroquímica de embalagens Oben Group, que opera em Mauá. Nesta segunda-feira (25), 22 funcionários do setor administrativo e 27 da linha de produção foram desligados. Após as demissões, os trabalhadores entraram em greve, que foi encerrada após acordo na Justiça do Trabalho entre o sindicato e a fábrica
A empresa de origem peruana havia adquirido a planta, onde ficava a fábrica da Vitopel, no dia 7 de agosto. De acordo com o coordenador do Sindicato dos Químicos do ABC, Márcio Barone, a escolha da empresa configura como demissão em massa e desse modo deveria ter uma negociação prévia. “Somos contra as demissões, porque temos uma tratativa antiga para efetuar desligamentos assim. Primeiro chamar os trabalhadores voluntários, depois os já aposentados. No meio das negociações, demitiram. Dessa forma paralisamos e entramos em greve”, afirmou o coordenador.
Ainda segundo ele, a empresa alegou que a decisão foi tomada devido a questão do mercado interno e também causada pelas tarifas de 25% nos produtos, impostas pelo governo dos Estados Unidos, comandados pelo presidente Donald Trump.
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Com objetivo de amenizar as perdas, a entidade sindical realizou, nesta terça-feira (26), uma audiência na Justiça do Trabalho. “Negociamos com a empresa e os demitidos vão receber um pacote de benefícios. Após esse acordo, a fábrica voltou aos trabalhos”
O coordenador confirmou que, por enquanto, a Oben não sinaliza novos desligamentos e que o Sindicato vai permanecer em contato com a empresa para discutir a situação e o futuro dos funcionários da fábrica.
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