Política Titulo Educação

Diadema lidera índices salariais a professores da rede municipal

Gestão diademense afirma que há reajuste de 2,87% programado para 1º de outubro

Bruno Coelho
08/09/2025 | 02:13
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FOTO: André Henriques 23/08/2023
FOTO: André Henriques 23/08/2023 Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


 Em uma rotina de muito trabalho e a busca pela valorização salarial, professores brasileiros lutam para receber o mínimo estabelecido pelo Piso Nacional, de R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas semanais, em 2025, conforme Portaria nº 77/2025 do Ministério da Educação. No Grande ABC, Diadema lidera os índices de vencimentos a quem se dedica a ensinar gerações futuras nas salas de aula, com remunerações a partir de R$ 5.529,95 na mesma carga horária, mas nem todas as cidades da região atingem o valor mínimo aos docentes.

Diadema lidera em todas as categorias de jornadas de trabalho aos 2.202 professores das 94 unidades escolares, de 24 horas a 40 horas semanais, em comparação a outras cidades da região. No último quesito, um docente com magistério, formação para práticas pedagógicas do ensino infantil aos anos iniciais do fundamental, ganha, pelo menos, R$ 5.529,95, 13,6% acima do Piso Nacional, enquanto o docente com licenciatura tem remuneração base de R$ 5.861,28, percentual 20,4% acima do mínimo.

Segundo a Prefeitura de Diadema, ainda há um reajuste de 2,87% programado para vigorar a partir de 1º de outubro deste ano. O governo ressaltou que a remuneração média dos profissionais pedagógicos da rede municipal atingiu R$ 9.296,00, em 2020, acima da média do Estado, da Região Metropolitana de São Paulo e do Brasil. A cidade tem uma execução orçamentária de R$ 473,8 milhões na educação local, que atende no atual ano letivo 27.371 alunos nas escolas do município.

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Por sua vez, Rio Grande da Serra informou que paga salário inicial aos professores, para jornada de 40 horas semanais, o valor de R$ 4.802,04, abaixo do ponto de partida estabelecido pelo Ministério da Educação. A cidade conta com 160 docentes que atendem a 1.897 alunos matriculados para o atual exercício, pelas 11 unidades de ensino da rede própria.

Com 19.642 alunos registrados neste ano e indicadores de aprendizados superiores às médias nacionais para disciplinas como Língua Portuguesa e Matemática, São Caetano é a cidade que tem o maior orçamento por aluno no Grande ABC. O governo prevê, para 2025, R$ 582 milhões de despesas para a Secretaria de Educação, investimento de R$ 29.634,73 por pessoa matriculada. Entretanto, o caminho para melhorias aos professores ainda é longo, com remuneração base R$ 4.883,76, apenas R$ 15,99 acima do Piso.

A valorização dos 2.190 professores já foi uma meta anunciada pelo prefeito Tite Campanella (PL) em algumas oportunidades desde que assumiu o comando do Palácio da Cerâmica, porém, o cenário de dívidas herdadas, das quais ultrapassam R$ 1 bilhão, é um empecilho para medidas imediatas. O governo informou que aplica, somado aos vencimentos, 30% de hora atividade, que pode elevar o depósito a R$ 6.348,88 para quem faz a jornada de 40 horas. Em 2024, foi destinado R$ 37 milhões em abono salarial aos docentes e uma nova bonificação é preparada para o fim do ano.

Em Mauá, o professor com licenciatura em jornada de 40 horas semanais ganha R$ 5.430. No entanto, o docente com magistério recebe R$ 4.480, bem abaixo do Piso Nacional. A cidade contabiliza 1.343 profissionais pedagógicos, que atendem a 16.029 crianças e adolescentes matriculados nas 48 creches e escolas, municipais e conveniadas.

Santo André tem situação similar à cidade vizinha, com R$ 5.322 de vencimentos a professores com licenciatura, e R$ 4.382 com magistério, ou seja, também abaixo do Piso Nacional. Segundo o governo andreense, soma-se um abono de R$ 307,20 em ambos os casos. Já em São Bernardo, ambas as categorias recebem, respectivamente, R$ 5.169,28 e R$ 4.876,66. 

Os docentes com 40 horas semanais em Ribeirão Pires ganham de R$ 4.868,77 (magistério) a R$ 4.869,77 (licenciatura), respectivamente R$ 1 e R$ 2 a mais do mínimo estabelecido pelo Piso Nacional.

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