Economia Titulo Pagamento de IPTU

Proprietário do Moinho São Jorge pretende reverter leilão em Santo André

Jorge Chammas garante o plano de manter e reestruturar a histórica indústria do Grande ABC

Gabriel Rosalin
Nilton Valentim
12/09/2025 | 15:28
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Celso Luiz/DGABC
Celso Luiz/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


O proprietário das Indústrias Reunidas São Jorge, Jorge Chammas, empresa responsável pelo histórico Moinho São Jorge, garantiu que pretende reverter a decisão da Justiça de leiloar a antiga fábrica para quitação de dívidas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) acumuladas. O empresário afirmou que quitará os tributos antes da data marcada para início do pregão, em 20 de outubro.

Chammas classificou como “absurda” a decisão tomada pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, Genilson Rodrigues Carreiro. O proprietário afirmou que havia aderido ao programa Renegocia 2025 de Santo André, aprovado em julho. “Eu achei um absurdo, pois o processo já estava parcelado. A Câmara aprovou essa lei e fizemos um parcelamento a partir da legislação. Estava sendo pago a primeira e segunda prestação, mas cancelaram”, afirmou o proprietário. 

“O que eu posso garantir é que o imposto está em processo de parcelamento, de acordo com a lei. Estamos dispostos em regularizar o IPTU. Nós temos um grande trabalho de reestruturação da empresa, porém tivemos um prejuízo enorme com roubos de cabos, além de enchentes e problemas com a empresa de  energia Enel”, afirmou Chammas. O proprietário não quis entrar em detalhes de valores.

O interesse de manter a tradicional empresa do Grande ABC no guarda-chuva das Indústrias Reunidas São Jorge já tinha sido levantado pelo secretário de Inovação e Tecnologia de Santo André, Diego Cabral. “O governo tem total interesse que o Moinho São Jorge se recupere. O senhor Jorge Chamas falou sobre a intenção de realizar um plano de investimentos, mas pediu condições especiais para quitar o IPTU”, relatou o chefe da Pasta, na última terça-feira (9).

LEILÃO DA EMPRESA

O leilão de execução fiscal foi determinado pela Justiça no início do mês. O pregão on-line será aberto em 20 de outubro, com lance inicial de R$ 276.976.811,33.

Segundo Antonio Hissao Sato Júnior, responsável pelo leilão, a empresa deve cerca de R$120 milhões em IPTU para o município. Este valor está dividido em 40 processos e um deles, no valor de R$ 220 mil, serviu de base para o pedido do pregão. Para barrar a execução, os proprietários da empresa deverão providenciar a quitação do processo junto à Prefeitura.




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