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Fusca é paixão dos prefeitos na região

Gilvan Ferreira Junior, Marcelo Lima e Marcelo Oliveira festejam o icônico carro, cujo dia mundial é comemorado em 22 de junho

Nilton Valentim
19/06/2025 | 09:21
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FOTO: Claudinei Plaza


Há quase três décadas o último Fusca foi produzido na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo. Desde 1996, incontáveis modelos de automóveis saíram das linhas de produção das montadoras instaladas no Brasil e outros tantos, importados, tomaram as ruas brasileiras. Carros mais modernos, mais econômicos, mais espaçosos… Mas nenhum deles desperta tanta paixão quanto o bom e velho Fusca, cujo dia mundial é comemorado no domingo, 22 de junho.

O veículo mais popular do Brasil encanta por várias razões. Tem quem goste dos originais (carros que conservam as características de quando foram feitos), dos equipados – algumas vezes com acessórios que nem existiam quando foram fabricados –, dos ‘tunados’ (com modificações estéticas e de potência) e até dos <CF51>rats</CF>, que parecem terem sido abandonados.

Artistas, jogadores de futebol e colecionadores aparecem no topo da cadeia dos apaixonados por Fusca. No Grande ABC, outra categoria que se rende aos encantos do veículo é a dos políticos. Três dos sete prefeitos em algum momento deste ano apareceram ao volante de um Fusca.

Marcelo Oliveira (PT), chefe do Executivo de Mauá, no dia 1º de janeiro, chegou para posse do segundo mandato ao volante de seu Fusca bege 1977. Ele tem o carro há cerca de dez anos. Questionado se aceitaria vendê-lo, prontamente disse que tem a intenção de passá-lo ao filho, Francisco.

Poucos dias depois, Marcelo Lima (Podemos) desfilou pelas ruas de São Bernardo com o seu Fusca azul ano 1971. Em 20 de janeiro, Dia Nacional do Fusca, ele exaltou o fato de o carro mais popular do Brasil ter sido fabricado na cidade que hoje governa. Marcelo possui o veículo há cerca de dois anos. Comprou de um primo e recebeu da Volks o certificado com os dados de fabricação e uma miniatura na cor do automóvel. “São Bernardo, a terra da Volkswagen, a terra das montadoras, a terra dos móveis. A terra do povo feliz e trabalhador”, afirma.

Nas comemorações do aniversário de Santo André, em abril, foi a vez de Gilvan Ferreira Junior (PSDB) acelerar um Fusca. Andou com o ‘besourão’ ano 1975, amarelo, que pertence ao repórter fotográfico André Henriques, do Diário. 

“Minha paixão pelo Fusca vem de berço, pois meu avô teve um. Para mim, mais do que um carro, o Fusca representa superação, raízes e afeto. E o mais simbólico é que essa história pessoal se conecta com a do Grande ABC, que cresceu ao redor da indústria automobilística e da fábrica da Volkswagen. O Fusca é parte da nossa identidade. É memória afetiva, mas também é a força de quem nunca desistiu”, diz o prefeito andreense.

QUASE UMA LENDA

A história do Fusca se iniciou em 22 de junho de 1934, na Alemanha, quando Ferdinand Porsche assinou com a Associação Nacional da Indústria Automobilística Alemã o contrato para desenvolvimento de um carro popular. No Brasil, o primeiro Fusca deixou as linhas de produção em 3 de janeiro de 1959, na fábrica da Via Anchieta, da Volks. 

A produção foi interrompida em 1986, mas voltou em 1993, a pedido do então presidente da República, Itamar Franco, se despedindo definitivamente em 1996. 




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